Bater em professores tornou-se o desporto favorito dos portugueses. Só no ano passado, segundo dados do Observatório de Segurança Escolar, houve 390 agressões a professores, o que, tendo em conta que o ano lectivo tem cerca de 180 dias de aulas, dá a luzida média de dois por dia. Por outro lado, a Linha SOS Professor anunciou que 40% dos docentes que a contactaram desde Setembro foram vítimas de agressões por parte de alunos e encarregados de educação. A ministra Maria de Lurdes Rodrigues está, pois, de parabéns por vários motivos não só foi ela a da ideia, inaugurando o seu memorável mandato a "bater" nos professores, acusando-os de todas as desgraças da Educação em Portugal, como o facto de os professores espancados acabarem, na maior parte dos casos, no hospital permitirá excluí-los de progressão na carreira, já que em boa hora se lembrou de pôr as faltas por doença a contar para a avaliação da sua assiduidade. A ministra promete agora "restituir" a autoridade às escolas. Pode imaginar-se o que isso quer dizer através do exemplo de autoridade já dado pelo CE da Escola EB 2+3 de Maceda (Ovar), que, no caso de uma professora pontapeada, mordida e ferida no couro cabeludo pela mãe de um aluno decidiu pôr um processo disciplinar à professora.
in Jornal de Notícias 06/03/07
7 comentários:
Vim desejar-te um Feliz Dia da Mulher.
Beijinhos
Feliz dia da Mulher!!
Bjinhs
O mundo da educação está de pernas para o ar... graças à Sr.ª Ministra. Se ela é a primeira a nos mal tratar, porque raio de motivo não haveremos de ser mal tratados pelos pais ou pelas próprias crianças. Professor ainda vai receber subsídio de risco. Escreve o que te digo!!!
Não, mas ando a pensar seriamente no assunto.
Um abraço solidário,
Carlos Ponte.
Eu também Carlos Ponte, eu também...
Isto está lindo, está... Temos de começar a contratar guarda-costas! Uma solução radical (e, acredito, frutífera) para esta situação vergonhosa em que entrámos seria abandonarmos todos o ensino, ao mesmo tempo, num protesto unido. Talvez assim ela nos desse o devido valor!
*Beijinhos*
É nestas alturas em que gosto de estar no Alentejo. Por cá ainda se tem respeito pelos professores... pouco, mas ainda há!
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