Parece que voltamos a tempos antigos. Não que eu me recorde, pois não era nascida (e nem sequer pensada...), mas vamos vendo, ouvindo, aprendendo...
Estamos num tempo em que não podemos desabafar com o colega do lado, que pensamos ser nosso amigo, mas que afinal vai no mesmo instante contar o nosso desabafo ao chefe. E isso faz-nos olhar a todos com desconfiança!
Estamos num tempo em que não podemos manifestar a nossa insatisfação para com o governo, sob pena de sermos assinalados pela polícia.
Mas então não fomos nós que o elegemos? Temos todo o direito de criticar a nossa escolha!
Estamos num tempo em que, para efeitos de avaliação, é contabilizado o nosso grau de satisfação/concordância com as políticas educativas. Até que ponto isso influencia o meu trabalho? Reparem, posso não concordar com o programa da minha disciplina, mas não posso prejudicar os meus alunos e por isso mesmo sigo as recomendações. Em primeiro lugar estão eles!
Considero-me ainda uma novata nesta profissão, não tenho tantos anos de serviço como isso, e talvez seja uma ousadia da minha parte levantar esta questão ao grandes teóricos da educação do meu país, mas não serão os agentes do terreno que melhor poderão opiniar sobre as políticas educativas e outras mudanças que por vezes querem implementar?! Uma coisa é a teoria, outra é a prática, que na prática é bem diferente.
Qualquer dia aparece por aí uma mente iluminada que me proíbe de ensinar a Teoria do Big Bang ou um professor de Ciências Naturais de abordar os métodos contraceptivos, só porque somos Católicos praticantes!
Mas para algo tem servido esta grande discussão - a união dos professores na luta pela mesma causa, em especial se pensarmos que a nossa classe não primava pela união entre os seus pares. E porque a união faz a força:
Todos a Lisboa no dia 8 de Março
1 comentário:
Eu já não digo nada. Ainda há pessoas que acham que a ministra tem razão... e isso custa-me imenso. A certa altura, já só me apetece desistir...
Fica bem
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