Anda por aí nas bocas do mundo a proposta do novo estatuto do aluno. Aquela mesma que prevê que um aluno possa passar de ano, sem nunca ter visto a cara do seu professor....
Com esta mesma proposta prevê-se umas mudanças ao nível da autoridade dos professores. Com tantas mundanças que têm acontecido ultimamente, nem sequer me pronuncio sobre estas.
Pelo contrário, chamo a atenção para situações que estão a acontecer actualmente e que acabam por pôr a nossa autoridade (mesmo que esta seja pequena) em risco.
Onde está a autoridade de um professor que, depois de tentar todas as medidas (possíveis e imagináveis), acaba por colocar um aluno fora da sala de aula, redigindo a respectiva participação disciplinar e o aluno continua a apresentar o mesmo comportamento, aula após aula?
Onde está a autoridade de um professor perante um aluno que se vangloria de ter tido 11, 12 ou mais participações disciplinares no ano lectivo anterior e nada lhe aconteceu - nem repreensão, nem castigo, nem suspensão. NADA! E por isso, no presente ano lectivo, venham as que vierem NADA lhe acontecerá.
Onde está a autoridade de um professor quando é informado, enquanto Director de Turma, que um seu aluno foi agredido por um grupo de alunos mais velhos e que tudo será resolvido pelo Director de Turma desse grupo, em diálogo...
Onde está a autoridade de um professor quando recebe um recado deste género, por parte de um encarregado de educação?

Recebido por mail
Qualquer dia, no início de cada ano lectivo, teremos de ter uma folha de autorização do encarregado de educação, que nos permita elevar o tom de voz, chamar a atenção ou até mesmo repreender o seu educando. Não vá o moço ficar traumatizado, e o professor com avaliação negativa...